COMER SER COMIDO COMER SER COMIDO COMER
em círculo
“É uso exigir-se que os machos satisfaçam aos seguintes caracteres: cabeça grande e grossa, faces proeminentes, orelhas compridas e largas, olhar muito vivo, peito largo, corpo bem proporcionado e musculôso, pêlo basto e luzidio, movimentos vigorosos, ousados e ardentes em presença das fêmeas. Não me parece, porém, que todas estas exigencias sejam inteiramente racionaes.”
desenhos de 2008/2009
O Rei das Peles, 2009
Há dois anos deram-me algumas coisas de uma loja de peles de Lisboa que tinha fechado, “O Rei das Peles”: uns crânios de cartão, giz azul e branco, carimbos e um dossier de contabilidade. Neste dossier havia folhas A4 escritas à mão, datadas dos anos setenta, a dar conta da vinda de peles da Rússia, de Londres, do Canadá, com preços e quantidades. E ao percorrer essas folhas somos confrontados com a enorme quantidade de peles (=animais mortos) em tão pouco tempo para uma só loja do mundo. O trabalho que fiz com o mesmo nome – “O Rei das Peles” – foi desenhar sobre esses papéis.
BAP, 2009
mostrados alguns de “comer ser comido comer” em 2009:
“65 desenhos, duas montras, um atelier”
montras do atelier Aires Mateus, Lisboa
e depois todos em 2010 em três livrarias de Lisboa: Livraria Assírio&Alvim, Livraria Poesia Incompleta e Livraria Carpe Diem