(registo possível)
elefante sempre, 2023, 3(272x366cm), vieux-chêne e acrílico s/papel amarelo
antónimo, 2023, 12(59×91,5cm), vieux-chêne e acrílico s/cartolina couché
Não é uma explicação sobre os desenhos, é antes uma “notícia” de hoje, onde estou hoje, só porque sim, e tendo completa noção do ridículo da coisa, à boleia de Tracey Emin (sempre a ouvir pessoas interessantes): “come back to life in public”. Outra expressão óptima que ela usou: “emotional springboard”.
Os miúdos, coitados, encasquetam coisas sem perceberem o sentido ou o tom ± de brincadeira e depois cumprem-no involutariamente – mesmo muita bem! – às vezes durante toda a vida (parvos).
“reduza-se à sua insignificância!” “trombuda” “gorda/bruta como um elefante”
E depois, quando finalmente se faz luz, vão passar o resto da vida a tentar reverter o processo, sem saber bem como, assim de forma engraçadó-literal-envergonhado. Freud explica…
Eu disse que era mesmo ridículo.
E completamente literal mas isso é a “prata da casa”.
Bom, mas é também – sobretudo – uma homenagem aos elefantes verdadeiros que qualquer dia deixam de existir. E não são nada insignificantes.