exposição colectiva a partir do quadro «Camponês armado» de Mário Dionísio
o resultado de BAP:desafio “camponês armado”, 2024, 95x75cm, acrílico s/tela
pormenor
duas frases:
Quando li o email com o desafio e vi o original do Mário Dionísio e o nome do quadro, a minha decisão de participar não foi imediata porque não me achei à altura. Quem sou eu para me basear numa obra do Mário Dionísio! Quase um sacrilégio [risos]. Passado um tempo, não muito, pensei melhor e foi a palavra “desafio” que me fez aceitar. Porque implica fazer uma coisa que nunca fiz, sim, dá algum medo; num certo prazo (até agora não tive problemas em cumprir prazos); depois o resultado é o que conseguir, à minha maneira, com mais ou menos vergonha: “isto foi o que consegui fazer a partir do título e da observação do original”. E afinal desafiaram-me, a mim, que faço coisas muito diferentes do mestre. Bom, mãos à obra! Decidi-me por uma tela (quase) do tamanho da original e na vertical. Não pesquisei nada sobre as intenções do autor porque ter visto uma imagem do quadro já era suficientemente constrangedor e então, as primeiras ideias, a partir do título, começaram a transformar-se em coisas mais rebuscadas e tontas, já muito simbólicas e distantes. Parei. E depois pensei simplesmente: eu faço animais, é o que gosto, logo as armas do meu camponês são um burro e uma vaca, os seus animais, e os verdes, incluindo as antigamente chamadas “ervas daninhas”. Sem olhar mais para o original, isto foi o que saiu. E prefiro não pensar no que diria o Mário Dionísio… Porque é preciso ter lata, eu sei [+ risos]!
BAP. 7.2024
até Abril de 2025
na
Casa da Achada – Centro Mário Dionísio
Rua da Achada, 11, R/C
1100 – 004 Lisboa
Horário:
Segunda-Feira – das 15h às 20h
Quinta-feira – das 15h às 20h
Sexta-Feira – das 15h às 20h
Sábado e Domingo – das 11h às 18h