Gostei da ideia da Arlinda dos animais à solta pela terra. Porque este ano o tema é a terra. E porque para mim é a terra que é Monsaraz, dos homens, e também a terra, terreno, torrão de todos os animais.
Gosto muito de animais (não de todos, tenho medo de cobras e aranhas e nojo de baratas) e de os desenhar e já que não vivo com eles, é uma maneira de os ver, de estar com eles (só convivo com caruncho, traças e formigas e vejo os pássaros citadinos lá fora). E talvez uma maneira de os homenagear, se é que isto não é de mais ou pedante, pode parecer. Não vejo assim, vejo simplesmente como miúdos a desenharem animais, não mais do que isso. E sei que isto também pode parecer ridículo pela “pequenez” ou simplicidade. Mero prazer, mero apontar. Mas é mesmo só. Depois podem ser-lhes aplicadas metáforas e interpretações, muitas. Porque, no fim, os animais todos sou eu e somos nós todos também.
BAP, 5.2024
fotografias AAP:
fotografias MCL:
fotografias AR:
também lá estavam:
também escolhidos mas acabaram por não ir: